30 de dezembro de 2023

Centro Social com Comissão Administrativa


Conforme previamente convocada, realizou-se no dia de ontem, Sexta-Feira, pelas 20:00 horas no Centro Cívico, no Monte do Viso,  a Assembleia Geral da Associação do Centro Social S. Mamede de Guisande.

Para além da aprovação das contas do exercício de 2023 (aprovadas), constava da ordem de trabalhos a eleição dos novos corpos gerentes para o quadriénio de 2024/2027.

Infelizmente, conforme se previa, não apareceu nenhuma lista nem elementos disponíveis em trabalhar pela freguesia e sua comunidade, no que poderiam mostrar e demonstrar como fazer mais e melhor.

Face à impossibilidade estatutária do presidente da direcção Joaquim Santos em poder renovar o cargo, e à ausência de alternativas, de modo a evitar o encerramento da actividade e da instalação, ficou estabelecida provisoriamente uma Comissão Administrativa que será liderada pelo referido Joaquim Santos, ainda com Celestino Sacramento e Jorge Correia, por um período de 3 meses, a qual nesse tempo procurará desenvolver esforços no sentido de congregar associados que queiram assumir a constituição dos normais corpos gerentes.

Para o efeito, entretanto e novamente com o objectivo de realizar eleições, virá a ser convocada uma nova assembleia geral para o final do mês de Janeiro próximo.

Nota pessoal: Não sendo surpresa, é pena que ninguém tenha aparecido para ser alternativa. Por cá nesta terra há quem goste e saiba atirar pedras mas a esconderem a mão. É o que é! Habituemo-nos!

De lamentar ainda que vários dos próprios elementos dos corpos gerentes cessantes não tenham aparecido. Uns no quentinho, outros a ver a bola ou por motivos que se devem respeitar mas seria importante que tivessem comparecido já que era a última sessão do mandato. 

Em resumo, por motivos vários, nota-se um desinteresse geral, quiçá um desânimo, a que não é alheia a incapacidade política de certas entidades em resolver o essencial, o contrato programa com a Segurança Social que permita prosseguir os propósitos primeiros da Associação, num processo que se arrasta há já vários anos. Mas é também muito consequência da perda de identidade da nossa freguesia, do desagregamento inter-geracional e da perda de proximidade entre eleitos e eleitores. 

Pode ser esta minha análise muito pessimista, que até poderá vir a ser contrariada (oxalá), mas por ora não me ocorre outra justificação.

29 de dezembro de 2023

Paradoxos e incúrias

Há dias, numa situação de corrida, testemunhei na freguesia de Pigeiros uma senhora a tropeçar num buraco no passeio onde caminhava. Felizmente só uns ligeiros arranhões e umas pragas contra certos senhores, mas poderia ter sido bem pior. De resto, eu próprio já tropecei nuns buracos na Rua da Zona Industrial, pelo que a caminhar ou a correr, seja em Pigeiros, Guisande ou qualquer outra das nossas freguesias, tenho que andar com os sentidos alerta pois as irregularidades e buracos são mais que muitos e nalguns casos autênticas armadilhas e ratoeiras, sobretudo de noite e em tempo de chuva. De resto, não havendo trânsito evito o seu uso, quando deveria ser o contrário. Passe o exagero, correr nas nossas ruas e passeios é quase realizar um trail em plena serra, pelo menos quanto à atenção onde se põe cada pé.

Sempre que se registam estes acidentes seria de apresentar queixa na autoridade, mas para além do custo de formalizar a própria queixa, diz-nos quem sabe que é tempo perdido porque são mais que muitas e invariavelmente sem decisão. Ainda há alguns poucos meses um nosso ciclista espetou-se num buraco ali por Duas Igrejas, aberto por alguém que trata das redes de águas e esgotos, sem sinalização adequada, magoando-se e danificando a bicicleta. Poderia ser uma situação grave. A própria GNR chamada ao local recomendou que apresentasse queixa mas que para além do custo, creio que a rondar os 75 euros, que se preparasse para não dar em nada, embora o caso fosse grave e tivesse a seu favor o próprio testemunho quanto à ausência de sinalização da ratoeira. Certo é que no dia seguinte o buraco estava sinalizado. Bem à maneira portuguesa, remediar antes de precaver. De resto, pela Indáqua ou empresas por si contratadas, são mais que muitas as ratoeiras nas nossas ruas.

Com tudo isto, e não é de agora que abordo o assunto (por exemplo, aqui), considero que tanto as nossas juntas de freguesia como a Câmara Municipal têm tido uma postura, para não usar um termo mais contundente, de pelo menos irresponsabilidade, desleixo e incúria na manutenção e requalificação dos nossos passeios públicos, que na maioria dos casos até foram obrigados a ser realizados às custas dos proprietários das edificações frontais. Se não em toda a extensão, pelo menos em certos pontos onde são notórios os buracos e a degradação. 

Para além do mais, quando se indefere um projecto de edificação por uma soleira ter 3 cm e não 2, ou por outros pintelhos, soa a ridículo que os entraves à circulação a pessoas com mobilidade condicionada sejam mais que muitos e evidentes no espaço público, para além dos buracos, sinais e marcos de água implantados a meio dos passeios. O paradoxo desta incúria é ainda maior quando se sabe que não há dinheiro nem investimento na requalificação dos passeios mas sobra para festanças e entretenimentos, porque esses é que dão visibilidade.

Por conseguinte, sempre que há acidentes nas ratoeiras dos nossos passeios deveria ser formalizada a queixa e levada até às últimas consequência. Como diz alguém que conheço adepto dos aforismos, "...os burros também se ensinam".

28 de dezembro de 2023

A raposa vai continuar dentro do galinheiro

As notícias por estes dias abrem com o caos que se regista nas urgências dos principais hospitais do país, sobretudo da Grande Lisboa, em que doentes urgentes chegam a esperar entre 12 horas (Santa Maria) a 20 horas (Beatriz Ângelo) pelo atendimento. 

Concorrem para esta situação os habituais episódios nesta altura do ano, devido às variações de gripe que originam problemas respiratórios. Mas não só, até porque ainda hoje de manhã ouvi um médico de uma associção de profissionais de medicina geral a dizer que a afluência não é significativamente superior à de anos anteriores, mas que o agravamento das condições de atendimento e tempo de espera, esse sim, resulta, em muito, dos problemas crescentes que o SNS atravessa e que o Governo não tem sabido resolver.

Por sua vez, o ministro da Saúde, mesmo que já a prazo, não faz outra coisa que não relativizar, a recusar alarmismos, e dizer que lá para o fim de Janeiro talvez os portugueses já andem melhorzinhos da saúde e com isso reduzir o impacto no sistema. Assim com esta incapacidade e ineficácia também eu poderia ser ministro neste país.

Em resumo, uma situação que cada vez mais parece ser normal. A anormalidade está ser normalizada. O pior de tudo é que a avaliar por algumas sondagens os portugueses, ou pelo menos os que pretendem votar nas próximas legislativas em 10 de Março, preparam-se para continuar a legitimar a raposa dentro do galinheiro. Assim sendo, é mesmo aguentar porque dali não virão mudanças substanciais e será mais, muito mais, do mesmo.

António Costa despediu-se do país com uma mensagem natalícia em que fala de um país irreal, só com coisas boas e bonitas. Deste caos que tem abalado o SNS, dos muitos  tiros nos próprios pés bem como das grandes e pequenas trapalhadas que fizeram ruir por dentro um Governo que (des)governava em maioria, não falou, nem sequer ao de leve. 

Agora, democraticamente, é aguentar porque já se percebeu que os portugueses na sua maioria gostam deste estado de coisas. Eu não gosto, mas pelo menos não os legitimo.

27 de dezembro de 2023

Nota de falecimento

 


Faleceu Dorinda Gomes da Conceição, de 96 anos (29 de Julho de 1927 a 26 de Dezembro de 2023), do lugar do Viso - Guisande, viúva de Bernardino Gomes da Mota

Cerimónias fúnebres na igreja matriz de Guisande, amanhã, Quinta-Feira, 28 de Dezembro, pelas 10:30 horas, indo no final a sepultar no cemitério local.

A missa de 7.º Dia  será no dia seguinte, Sexta-Feira, pelas 18:30 horas 

Sentidos sentimentos a todos os familiares. Paz à sua alma! Que descanse em paz!

25 de dezembro de 2023

Feliz Natal de todos os tempos

Manda a boa e genuína tradição na nossa freguesia de Guisande que a consoada de Natal seja no próprio dia. Assim, com Jesus já (re)nascido, é hoje o dia grande e mais logo ao início da noite muitas famílias voltam a reunir-se à volta de mesas fartas e generosas com coisas boas. 

Com os novos tempos em que a fartura e diversidade trouxeram outras formas de viver o Natal e do convívio à mesa, certo é que ainda há coisas e pormenores que guardam a genuinidade e simplicidade de outros tempos em que certamente havia menos abundância mas mais essência no modo como eram preparadas bem como na sua vivência.

Não importa fazer comparações e esgrimir contrapontos porque os tempos são mesmo assim, de mudança, de evolução, independentemente do sentido que tomam. Interessá, sim, não perder de todo o espírito que herdamos dos tempos de nossos pais e avós e  geração após geração vamos transmitindo como nossos. A família sempre, e como pedra angular a matriz religiosa e seu significado do renascimento de Jesus Menino que nasce puro e humilde numa humanidade que se quer igual e fraterna. Todo o resto é acessório e ignição para o mercantilismo, que também é importante mas se colocado no devido lugar. Interessará sempre fazer essa destrinça porque se não, então o Natal não será mais que um mero evento carnavalesco.

Feliz Natal a todos os leitores e visitantes, regulares ou ocasionais deste espaço em que procuro que, para além da matriz pessoal, reflicta muito das coisas nossas, da nossa terra, sua gente, raízes e tradições.

24 de dezembro de 2023

Trail do Leite Creme - 1.º e último

 

Trail do Leite Creme. Classificação: Geral: 1.º e último. Escalão M60: 1.º e último.

Glória a Deus nas alturas!





Natal! 

Quando a humanidade se alevanta

No mais pequeno, humilde dos seus

Como rei de todas as criaturas;

Um coro de anjos ecoa e canta

Na plenitude de todos os céus:

- Glória! Glória a Deus nas alturas!


Natal!

A humildade, a esperança renascida

Como uma árvore a acordar, a florir,

Na alvorada de cada nova Primavera;

Renasce Jesus, como ímpeto da vida,

Messias já vindo mas sempre a surgir

Ao encontro fraterno de quem espera.