19 de fevereiro de 2024

Guisande F.C. - Liga Masters AFA - Jogo 13

 


No que foi o seu jogo 13 na Liga Masters da AFA, a equipa do Guisande F.C. Veteranos visitou e venceu neste último Sábado a equipa congénere do ADC Lobão, por 0-2, consolidando-se no meio da tabela classificativa. Parabéns!

15 de fevereiro de 2024

Querer e poder


Dizem que basta querer para poder,

Mas que fazer quando se quer e não pode?

E ao homem, fazer o que não quer

Mesmo querendo não fazer, quem lhe acode?

Querer e poder, o antagonismo

Entre a vontade e possibilidade

De um resultado por si funesto;

O poder querer que o dualismo

Seja uno, anátena da divisibilidade,

Número perfeito, conta sem resto.


O poema aborda um dilema interessante sobre a relação entre querer e poder, explorando a tensão entre a vontade e a capacidade de realizar algo ou quando a razão prevalece sobre a vontade ou o contrário. 

Também questiona a noção de que basta querer para poder realizar. Ele sugere que há situações em que se quer algo, mas não se tem a capacidade ou condição da sua realização, criando um conflito interno entre o desejo e a possibilidade.

O poema ressalta a dualidade entre querer e poder, destacando-os como forças opostas que muitas vezes entram em conflito. A vontade humana (querer) pode se chocar com as limitações da realidade (poder), criando um antagonismo que gera frustração e incerteza.

A expressão "resultado por si funesto" sugere que essa luta entre querer e poder pode levar a consequências inconsequentes ou mesmo negativas. Quando a vontade não é acompanhada pela capacidade de realização, pode-se entrar em um estado de impotência ou desespero.

O poema alude à ideia de que o ideal seria a unificação do dualismo entre querer e poder. Ele propõe a ideia de um "número perfeito" ou "conta sem resto", onde a vontade e a capacidade se tornam uma só entidade. Isso sugere uma busca pela harmonia e equilíbrio entre o desejo e a capacidade de realização.

Em suma, o poema oferece uma reflexão profunda sobre as complexidades da vontade humana e sua relação com a realidade circundante. Ele nos lembra que nem sempre podemos realizar o que queremos e que essa luta interna entre querer e poder é uma parte intrínseca da experiência humana, nas suas forças e fragilidade.

Quaresma - Caminho de introspecção

A Quaresma, um período, um caminho de quarenta dias, é o tempo que na liturgia católica antecede a celebração da Páscoa, oferecendo uma rica reflexão teológica e filosófica. Associada à penitência, reflexão e preparação para a celebração da ressurreição de Cristo, ela convida os fiéis a uma renovação da sua fé, à purificação espiritual individual para uma renovação do compromisso com os valores do Evangelho.

Filosoficamente, a Quaresma é um convite à introspecção e autoconhecimento, convidando-nos a examinar as nossas vidas, escolhas, relacionamentos e prioridades. Ela lembra-nos da natureza efêmera e transitória da vida humana, convidando-nos a viver de acordo com nossos valores mais profundos e procura de uma vida de significado e propósito.

Ao mesmo tempo, a Quaresma oferece esperança e promessa de renovação. Assim como a Primavera segue o Inverno, a Páscoa segue a Quaresma, simbolizando a vitória da vida sobre a morte, da luz sobre as trevas. É uma mensagem poderosa de que, mesmo nos momentos mais sombrios de nossas vidas, há sempre a possibilidade de renascimento, transformação e ressurreição.

14 de fevereiro de 2024

Eternamente namorados


Num destino que Deus tece,

A idade, a vida, amadurece,

Mas antes da fruta, a flor,

Com ou sem perfume ou cor.

Desejo de abundância, prece, 

Generosa a colheita acontece

Na prosperidade de cada dia,

Amor, na tristeza ou n´alegria.

Faleceu o Manuel da Viola

Dos velhos assentos paroquiais de Guisande, um curioso assento de óbito feito pelo pároco Manoel Rodrigues da Silva, de um Manoel Ferreira, mendicante (mendigo) do lugar de Gueifar da freguesia de S. João de Ver, considerado como falto de juízo, que faleceu na noite de Sábado para Domingo de 11 de Outubro de 1761, onde se encontrava num palheiro pertença de um Pedro de Oliveira. Está escrito que "somente recebeu o sacramento da extrema unção por não estar em seu juízo além de  que nunca o teve perfeito".

Apesar disso e dessa condição de mendigo, pobre e itinerante, teve ofício fúnebre com cinco padres e foi sepultado dentro da nossa igreja matriz.

Finalmente é dada a informação que o mendigo tinha como alcunha o "Manoel da Viola".

Tio Neca

Foi hoje a sepultar, em dia de cinzas, num simbolismo cristão e dobrado da nossa essência, a de condição de pó que à terra retorna, para em pó se transformar. Persistem a alma e a memória.

Não sei a quem, creio que ao Sr. Albertino, mas a alguém passou o testemunho do homem mais velho da nossa comunidade. É o ciclo da vida.

Partida


No vagar dos dias adventos,

Num tempo límpido, primeiro,

Era a promessa da existência

De quanto aos olhos subsiste;

Mas esvaíram-se em momentos,

Dias e anos, o tempo inteiro,

Uma vida, toda a essência,

Resumida a um só dia triste