7 de novembro de 2024

IMI, o imposto estúpido e injusto

Acabei de pagar a minha segunda das duas prestações anuais do IMI - Imposto Municipal sobre Imóveis. É como é tão prazeroso pagar este imposto ao Estado, ou, através dele, à Câmara Municipal. No fundo é pagar uma renda de um prédio que é nosso e que por isso não lhes pertence nem um cêntimo gastam para o conservar. Mais prosaicamente, numa rima com sentido, "é pagar para ser fo..do".

Dizem, com razão, que este será dos impostos mais estúpidos. Mas, acrescento, também dos mais injustos e desde logo porque ao edificar-se uma habitação, já se pagou projectos, taxas e licenças e no caso até cedi terreno para alargamento da rua e construí passeio público na frente do prédio. Na compra do terreno paguei sisa, imposto de selo, etc. Na construção paguei IVA, desde a areia aos tijolos. No empréstimo continuo a pagar juros e imposto de selo.

Mas, como diz o outro, mesmo sabendo que é um roubo travestido de legalidade, que lhes faça bom proveito, sempre lhes dará para patrocinar umas valentes patuscadas. Alguém tem que pagar os desmandos!

Em contrapartida, conheço por cá alguns doutores e engenheiros que estando a viver nas suas belas e boas casas há dezenas de anos, porque, ao arrepio da lei, ainda não solicitaram licenças de utilização, vão escapando a este imposto estúpido, pagando valores mínimos do prédio, tantas vezes ainda na condição de rústico, e no futuro sujeitos apenas à liquidação dos últimos quatro anos (creio que ainda vigora essa regra). Há, de facto, crimes e ilegalidades que ainda compensam.

Siga, que é Portugal, brando com os incumpridores e forte com os que cumprem!

4 de novembro de 2024

Por enquanto isto não é um emprego


Há dias questionou-me alguém de consideração, de que há algumas situações ou eventos na freguesia a que nem sempre dou notícia ou destaque aqui nesta página ou mesmo nas minhas redes sociais, nomeadamente no grupo privado "Guisande: Ontem e hoje". E gostaria essa pessoa que sim, pois é assíduo leitor e como se costuma dizer, não perde uma.

Ora eu fico satisfeito com esse interesse e sei que apesar de ter por cá leitores assíduos e interessados, e que assim justificam as centenas de visitas diárias, este espaço será porventura mais apreciado e seguido na nossa comunidade emigrante do que propriamente cá pela terra. Por lá eles leem com interessse e saudade; por cá, quase sempre por curiosidade e não raras vezes para saber qual a parte do lombo onde doi mais para melhor aplicar as alfinetadas, e não é para tratamento e bem estar como com as agulhas na acupuntura. Adiante, pois sei do que a casa gasta!

Não obstante, e tal como respondi a esse fiel leitor e seguidor, esclareço, por via de dúvidas, que este espaço é pessoal e não é nenhum jornal nem uma estação de rádio nem o seu autor tem responsabilidades de publicar tudo o que se passa e acontece, de positivo ou nem por isso. Por enquanto isto não é um emprego nem um arquivo. Não tenho, pois, nenhuma ou qualquer obrigação. Por isso publico o que quero, quando quero, como quero e quando posso e se muitas vezes não dou destaque a uma ou outra coisa, pode nem ser por algum motivo especial ou desinteresse  mas somente por esquecimento, desmazelo, até preguiça, ou porque entendo que não é relevante assim a ponto de merecer destaque. Além do mais, algumas dessas situações já são partilhadas nas redes sociais até à exaustão pelo que republicar ou repartilhar seria apenas chover no molhado.

Assim sendo, reitero que este é um espaço pessoal e por isso sem qualquer responsabilidade de outra natureza. Não tenho obrigações com quer quer seja, nem comigo próprio. Obrigações tenho-as no meu emprego porque é suposto que o patrão me pague, pelo que é do trabalho e do correspondente ordenado que procuro viver.

Em resumo, este espaço, bem como os espaços nas redes sociais, nomeadamente no Facebook, é pessoal e não rola por conta de alguém que não apenas pela minha vontade e disponibilidade. Quem quiser mais, que compre o jornal, ouça a rádio e veja a televisão.

Por aqui vai-se fazendo o que se pode! 

29 de outubro de 2024

Nota de falecimento - Maria (Dolores) Gomes da Conceição





Faleceu hoje Maria (Dolores) Gomes da Conceição, que vivia no lugar de Fornos. Nasceu em 9 de Julho de 1939. TInha 85 anos de idade.

Viúva de Aníbal Azevedo Alves. Mãe de Célia Maria  e Anabela.

Filha de Delfim Gomes da Conceição e de Isaura Joaquina dos Santos.

Funeral na Quinta-feira, dia 31 de Outubro de 2024, pelas 15:30 horas,, na igreja matriz de Guisande indo no final a sepultar no cemitério local..

Missa de 7º Dia na Sexta-feira, dia 08-11-2024, às 18:30 Horas, na igreja matriz de Guisande

Sentidos sentimentos a todos os familiares, de modo particular às suas filhas Célia e Anabela.

Que Deus a tenha em descanso eterno.

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Nota: No registo civil tem o nome de Maria Gomes da Conceição e no assento paroquial está como Maria Dolores da Conceição. De resto sempre foi conhecida como Dolores.

Igreja matriz sem alameda


Fotografia de 1982 quando ainda nem se sonhava em realizar a Alameda fontal à nossa igreja matriz, o que só aconteceria uma dúzia de anos mais tarde.

Também por isso, ainda não existia a capela mortuária mas apenas uma simples construção de instalações sanitárias.

28 de outubro de 2024

Centro Cívico do Centro Social - À vontade mas não à vontadinha

O Centro Cívico de Guisande é um equipamento da freguesia, mas é sobretudo dos associados já que pertence a uma colectividade, à Associação do Centro Social S. Mamede de Guisande. Está, pois, por princípio, ao serviço da freguesia, da comunidade, mas sobretudo ao serviço dos seus utentes e que em primeira análise sejam seus associados, que pagam quotas, que ajudam à sustentabilidade do equipamento e das actividades nele previstas ou realizadas. É assim em qualquer colectividade.

Todos sabemos que ainda está por cumprir o objectivo principal que levou à sua edificação, que é ser Centro de Dia e de apoio domiciliário, essencialmente de ajuda à nossa comunidade sénior. Apesar de disso, porque a política e os políticos são no geral pessoas de má reputação, pouco ou nada confiáveis nem recomendáveis, em que a palavra e as decisões raramente são cumpridas, tal objectivo continua por concretizar mesmo tendo sido aprovado há pelo menos uma década. 

Vieram as famosas cativações do ministro Mário Centeno e de lá para cá, mesmo com a mudança de governos, a coisa continua por cumprir.

Assim, neste estado de morto-vivo, tem andado a Associação do Centro Social e do seu Centro Cívico, funcionando parcialmente, com muitas dificuldades e diga-se, em grande parte pela dedicação e dinamismo do que foi o seu presidente da Direcção, Joaquim Santos, e agora presidente da Comissão Administrativa, porque, recorde-se, a associação continua sem corpos-gerentes eleitos pela simples mas não dispicienda razão de que ninguém apareceu para tomar conta dos destinos. Ninguém quer nada. Ninguém quer trabalhar, sobretudo de graça e para os outros. Eu próprio me cansei e depois de ter tomado parte em vários mandatos, estou sem vontade e paciência em continuar.

Neste contexto, triste mas real, apesar disso o Centro Cívico tem-se mostrado como um equipamento fundamental às dinâmicas da freguesia e dos seus movimentos, como tem sido, entre outros, no apoio às comissões da Festa do Viso, agora do evento Trail do Viso, também do Grupo Solidário, etc, etc. Está, pois, a cumprir o seu papel mesmo que em situações em que formalmente não tinha essa obrigação, porque dele tem beneficiado muita gente que não é sócia, não quer ser, não paga quotas, nem contribui. 

Ora isso cria desigualdades e outros problemas. Afinal, tantos, como eu, que anualmente têm pago as suas quotas, quais os benefícios que colhem comparativamente a quem não paga e usufrui nas mesmas condições das dinâmicas ocorridas no Centro Cívico? Em rigor, nada, tirando um ocasional desconto num qualquer passeio, que nem todos aproveitam. Talvez por isso tem aumentado o número de sócios que desistem de pagar quaotas.

Com tudo isto, considero que o à vontade não tem que ser à vontadinha. O Centro Cívico mesmo que posto à disposição dos grupos, movimentos e eventos, tem responsabilidades, tem despesas, tem encargos, desde logo com a limpeza, a electricidade, a água, etc, etc. Ora não me parece bem, que depois desse aproveitamento não haja uma compensação por parte dos grupos ou movimentos utilizadores, tanto mais quando se registam saldos positivos dessas actividades. 

Ainda agora, foram apresentadas e fechadas as contas da Festa do Viso, com saldo positivo, e apesar das várias utilizações do espaço do Centro Cívico ao longo do ano, de acordo com o seu presidente, Joaquim Santos, ainda nada lhe foi entregue como compensação para os muitos gastos, ao contrário da sua expectativa, nomeadamente por ter havido saldo positivo.

Ora, a confirmar-se, não me parece correcta esta situação. Ajudar, colaborar, com certeza que sim, mas dentro do possível com alguma compensação para os gastos. É o mínimo e compreensível.

Sou, pois, de opinião que continue o Centro Cívico a estar ao serviço das dinâmicas da freguesia e da paróquia, mas com todas essas utilizações a serem previamente protocoladas e com caderno de encargos, para que não seja uma utilização abusiva ou oportunista e que não tenha em conta a justeza da compensação e da natureza da associação, uma entidade que precisa de meios para subsistir. Era só o que faltava que fosse a coisa sem qualquer controlo e os sócios a pagarem para alguns desmandos.

Mas isto sou eu a opinar, que ainda sou sócio, que tenho pago desde há vários anos as minhas quotas (duas) à associação. 

Haja, pois, bom senso e algum respeito porque à vontade não deve ser à vontadinha.


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Nota de esclarecimento: Já após a publicação da opinião acima, fui contactado pelo Nelson Valente, Juiz da Comissão de Festas desta edição de 2024, a esclarecer que o que foi escrito quanto à compensação ao Centro Social não corresponde inteiramente à verdade pois durante a realização dos diferentes eventos de angariação de fundos a Comissão de Festas foi pagando, e por diversas vezes, alguns valores ao Centro Social. E que mesmo do saldo apurado não está posta de lado alguma outra compensação final sendo que naturalmente a maior parte será para aplicar em obras e necessidades da capela.

Quanto à eventual contradição, obviamente que desconhecia se houve já compensações durante os eventos, e do que referi quanto à expectativa que o Sr. Joaquim Santos, presidente do Comissão Administrativa, tinha em receber uma compensação em resultado do saldo positivo, foi-me, obviamente, transmitida pelo próprio e este nunca fez referência a anteriores recebimentos.

Assim, resulta daqui, que pela minha parte peço desculpa por não ter ouvido primeiramente ou como contraditório, a versão da Comissão de Festas e por naturalmente confiar na informação que me foi dada pelo responsável do Centro. Não significa que este tenha mentido mas de facto não me contou a história toda e faria toda a diferença se o tivesse feito pois o sentido da minha opinião seria diferente no que toca à Comissão de Festas.

Posto isto, a ter sido assim, e feito o esclarecimento, acredito que a Comissão de Festas fez o que tinha a fazer, já que na justa medida foi compensando pela utilização do Centro Cívico nos diferentes eventos. 

Como eu disse, o Centro Cívico deve estar ao serviço da comunidade e das suas dinâmicas, grupos e movimentos, mas importa que na medida justa haja compensação, sobretudo quando há saldos positivos nas actividades, pois o Centro Social tem encargos e despesas fixas que alguém tem que pagar.

Finalmente, se algum equívoco houve, resultou também da legítima expectativa que me foi expressa pelo responsável do Centro Social em vir a receber alguma compensação e esta não ter sido feita antes do fecho das contas e da sua divulgação pública. Porventura essa compensação, a ser feita, poderia ter sido incluída nas despesas e não na parte da gestão e aplicação do saldo. São diferentes maneiras de ver a questão. Eu teria incluido nas despesas.

Fica, pois, aqui este devido esclarecimento. De minha parte reitero o pedido de desculpas por algum equívoco e renovo os parabéns à Comissão de Festas cessante pelo bom trabalho desenvolvido e reforço a ideia base de toda este opinião de que nestas coisas deve haver colaboração entre as partes e num sentido de justeza e equilíbrio e não apenas um mero aproveitamento do Centro Cívico, pois queira-se ou não, é uma colectividade com sócios, muitos deles a pagar quotas ( e só estes é que têm essa legitimidade) aos quais tem que se prestar contas no final de cada ano. Ora eu, como sócio pagante, não gostaria que, na aprovação do relatório e contas da colectividade para a qual contribuo, ficar a saber que as instalações foram cedidas a A, B ou C sem que daí resultasse, senão lucro, pelo menos uma compensação justa para as despesas decorrentes. Quem pode estar contra isto?

23 de outubro de 2024

Nota de falecimento - Firmino Alves Moreira


Faleceu Firmino Alves Moreira, do lugar da Pereirada. Casado com Arminda Domingos Moreira e pai de Carlos Delfim Moreira Alves, Rogério Delfim Moreira Alves e Elsa Aída Moreira Alves.

Nasceu em 13 de Março de 1942. Faleceu com 82 anos, em 22 de Outubro de 2024. Era filho de pai incógnito e de Maria da Conceição. Era neto paterno de avôs incógnitos e neto materno de Manuel Francisco Alves Júnior e de Rosa Moreira. Era primo direito de minha mãe, já que a sua mãe, Maria da Conceição, era irmã da minha avô materna, Lúcia Alves Moreira.

O funeral será amanhã, Quinta-Feira, 24 de Outubro pelas 16:30 horas, na igreja matriz de Guisande, indo no final a sepultar em jazigo de família. Missa de 7.º Dia no Sábado, 2 de Novembro de 2024 pelas 17:30 horas.

Sentidos sentimentos a todos os familiares, de modo particular à esposa e filhos.

Paz à sua alma e que descanse eternamente em paz!

18 de outubro de 2024

Festa do Viso - Resumo de contas de 1979 a 1992


Infelizmente nem sempre se guardaram os documentos de apresentação de contas da nossa Festa do Viso. Insensibilidade, descuido, pouco sentido de arquivista, certo é que da maior parte das festas não há documentos guardados que informem o quanto se obteve como receita e quanto se gastou. 

Apesar disso, a partir de velhos papéis, ainda consegui apontamentos de alguns anos, no caso de 1979 a 1992. Acredito que alguns elementos das várias comissões de festas até ficaram com cópias, mas também acredito que a maioria já não tem qualquer ideia ou documento. De resto como acomteceu com os diferentes cartazes em que, regra geral, ninguém ficou com um ou outro exemplar para arquivo e memória futura. Tal deveria ser uma prática de ano para ano, mas não. Somos uns pobres!

Ano de 1979

Receitas:130.247$00

Despesas: 125.921$00

Saldo positivo: 12.826$00


Ano de 1980

Receitas:192.568$00

Despesas: 161.482$00

Saldo positivo: 31.086$00


Ano de 1981

Receitas:217.347$00

Despesas: 217.340$00

Sem saldo


Ano de 1982

Receitas:303.427$00

Despesas: 302.043$00

Saldo positivo: 1.384$00


Ano de 1983

Receitas:268.951$00

Despesas: 267.281$00

Saldo positivo: 1.670$00


Ano de 1984

Receitas:344.759$00

Despesas: 330.848$00

Saldo positivo: 13.910$00


Ano de 1985

Receitas:452.910$00

Despesas: 409.000$00

Saldo positivo: 43.910$00


Ano de 1986

Receitas:553.630$00

Despesas: 553.895$00

Saldo negativo: 265$00


Ano de 1987

Receitas:655.186$00

Despesas: 572.319$00

Saldo positivo: 83.367$00


Ano de 1988

Receitas: 869.682$00

Despesas: 872.532$00

Saldo negativo: 2.850$00


Ano de 1989

Receitas: 904.549$00

Despesas: 930.297$00

Saldo negativo: 25.748$00


Ano de 1990

Receitas: 1.240.000$00

Despesas: 1.300.00$00

Saldo negativo: 60.000$00


Ano de 1991

Receitas: 1.310.884$00

Despesas: 1.246.819$00

Saldo positivo: 64.065$00


Ano de 1992

Receitas: 1.374.379$00

Despesas: 1.211.449$00

Saldo positivo: 162.930$00